nicotina

o fumo das coisas

domingo, janeiro 22, 2006

Romance?

Diz-me tu. É inveja aquilo que te atrio à cara? Porque se for eu saio já, estou farto desta estúpida relação apenas baseada nas memórias e no que vês lá em baixo no Bairro Alto, à noite.

São centenas de caras que me passam todos os dias pelo externo e nenhuma delas com a beleza singela para me conquistar. E mesmo assim dizes que não.

Pois é, tu não és feita de pecados, és uma virtude humana com 560 cavalos de potencia para amar. Sim, és perfeita, tens todos os homens que queres, fartas-te deles e depois procuras as mulheres porque são mais pessoais.

Já reparaste que não tenho nada disso e sou feliz? Mais feliz que alguma vez tu possas ser?

Tu não, tu acordas e tens alguém ao lado, um desconhecido sem nome só para passar a tormenta noturna. Exibes o teu corpo como se fosse Nestum e gostas que eles saibam disso. A tua importância é relativa. Um dia, rendeste-te a uma só pessoa, a uma só relação, e vieste a correr dizer-me que finalmente tinhas achado a saida, a felicidade.

Enganas-te em todos os desenganos que cometes. O teu amar é um amar de preciso de ti, é um amar de desconfiança medrosa, é um amar com corpo e púbis ameçada.

Para ti todas as cançoes de solidão se erguem como hinos à liberdade dos teus seios. Para ti nada mais, apenas o teu destino.

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